Vitamina K: o que é e por que é importante
A vitamina K é um grupo de vitaminas lipossolúveis essenciais para a síntese de proteínas que garantem a coagulação normal do sangue e a saúde óssea. Existem duas formas principais de vitamina K:
- Vitamina K1 (filoquinona), que é encontrada principalmente em vegetais de folhas verdes, como espinafre, couve e salsa.
- Vitamina K2 (menaquinona), que é sintetizada por bactérias no intestino e está presente em alimentos de origem animal, como carne, ovos e laticínios.
Funções e fontes
A vitamina K desempenha um papel importante no organismo, incluindo:
- Coagulação do sangue: Ela é necessária para a produção de protrombina, uma proteína que ajuda o sangue a coagular. A deficiência de vitamina K pode levar a um risco aumentado de sangramento.
- Saúde óssea: A vitamina K contribui para a ligação do cálcio nos ossos, o que é essencial para sua força e saúde.
As principais fontes de vitamina K incluem:
- Vegetais de folhas verdes (espinafre, couve)
- Óleos (soja, cártamo, canola)
- Alimentos de origem animal (fígado, ovos, laticínios)
- Alimentos fermentados (por exemplo, natto, rico em vitamina K2).
Recomendações de consumo
A dose diária recomendada de vitamina K é de aproximadamente 75 mcg para adultos, no entanto, as recomendações exatas podem variar dependendo da idade e da condição de saúde. A vitamina K tem baixa toxicidade, e o seu excesso geralmente não causa problemas graves, exceto em casos onde é consumida em grandes quantidades na forma de suplementos.
Quais alimentos contêm a maior quantidade de vitamina K
A maior quantidade de vitamina K é encontrada nos seguintes alimentos:
- Vegetais de folhas verdes: Espinafre, couve, brócolis, salsa, couve-de-folhas (kale) e acelga são as principais fontes de vitamina K1.
- Fígado: Fígado bovino e fígado de frango contêm quantidades significativas de vitamina K2.
- Alimentos fermentados: O natto (soja fermentada) é uma das fontes mais ricas de vitamina K2.
- Óleos: Óleos de soja, cártamo e canola também são ricos em vitamina K.
- Ovos e laticínios: Ovos, queijo e kefir contêm vitamina K2.
- Nozes e abacate: Também são boas fontes de vitamina K.
Incluir esses alimentos na dieta ajudará a garantir a ingestão necessária de vitamina K para manter a saúde.
Quais alimentos contêm a maior quantidade de vitamina K2
A maior quantidade de vitamina K2 é encontrada nos seguintes alimentos:
Alimentos de origem animal
- Fígado: O fígado de ganso é especialmente rico em vitamina K2 (369 mcg por 100 g).
- Queijos duros: Contêm 76,3 mcg de vitamina K2 por 100 g.
- Queijos macios: Contêm 56,5 mcg de vitamina K2 por 100 g.
- Gema de ovo: Contém entre 15,5 a 32,1 mcg de vitamina K2.
- Queijo cottage: Contém 24,8 mcg de vitamina K2 por 100 g.
- Manteiga: Contém 15 mcg de vitamina K2 por 100 g.
Alimentos fermentados
- Natto: O natto (soja fermentada) é uma das fontes mais ricas de vitamina K2.
- Chucrute e outros alimentos fermentados.
A vitamina K2 também é sintetizada por bactérias benéficas no intestino humano. Incluir esses alimentos na dieta ajudará a fornecer ao organismo a quantidade necessária de vitamina K2 para manter a saúde do coração, vasos sanguíneos e ossos.
Como é absorvida a vitamina K
A vitamina K é rapidamente eliminada do organismo.
- Em relação à filoquinona (K1), apenas 30-40% da quantidade ingerida com alimentos ou suplementos é retida. Cerca de 20% é excretada na urina e 40-50% nas fezes.
- Esse metabolismo rápido explica os níveis relativamente baixos de vitamina K no sangue e os baixos estoques nos tecidos em comparação com outras vitaminas lipossolúveis.
- Pouco se sabe sobre a absorção e o transporte da vitamina K2, produzida pelas bactérias intestinais. No entanto, estudos mostram que o cólon contém grandes quantidades de menaquinonas. Embora não se saiba exatamente quanto deste nutriente é absorvido, acredita-se que ele satisfaça pelo menos parte da necessidade do organismo.
Sintomas de deficiência de vitamina K: é comum e como reconhecer
Geralmente, o nível de vitamina K não é avaliado em exames de rotina, pois a sua deficiência é extremamente rara. A exceção se aplica a pessoas que tomam anticoagulantes ou sofrem de distúrbios de coagulação.
- O único indicador clinicamente significativo relacionado à vitamina K é o tempo de protrombina (tempo de coagulação do sangue). No entanto, não há evidência de que mudanças na ingestão de vitamina K afetem diretamente o tempo de protrombina.
- Normalmente, em indivíduos saudáveis, a concentração plasmática de filoquinona em jejum varia de 0,29 a 2,64 nmol/L. No entanto, não está claro se esses valores podem ser utilizados para quantificar o status de vitamina K.
- Pessoas com concentrações de filoquinona (K1) no plasma ligeiramente abaixo do intervalo normal geralmente não apresentam sinais clínicos de deficiência de vitamina K. Isso pode ocorrer porque a concentração de filoquinona no plasma não reflete a contribuição das menaquinonas (K2) da dieta e do intestino grosso. Não existem dados sobre os intervalos normais de menaquinonas.
Para determinar o nível de vitamina K no organismo, é necessário consultar um médico e não iniciar a suplementação sem orientação. O principal sinal de deficiência deste nutriente são hemorragias internas ou externas. Enquanto as externas são fáceis de notar em cortes e feridas, as internas podem se manifestar de várias maneiras:
- Hematomas que surgem facilmente, mesmo com pequenos impactos;
- Pequenos coágulos de sangue sob as unhas;
- Fezes de cor escura, contendo traços de sangue.
Em bebês, que são mais suscetíveis à deficiência de vitamina K, os seguintes sinais podem indicar essa condição:
- Sangramento na área do coto umbilical;
- Sangramentos nasais, gastrointestinais ou em outras áreas;
- Sangramento no pênis, se o bebê foi circuncidado;
- Sangramento súbito no cérebro, que é extremamente perigoso para a vida.
Remédios eficazes para a redução da dor e a saúde das articulações:
Causas da deficiência de vitamina K
Embora a deficiência deste nutriente seja rara, algumas pessoas estão em maior risco devido a vários fatores:
- Uso de anticoagulantes: Pessoas que tomam anticoagulantes, como a varfarina, que dilui o sangue, correm risco de deficiência de vitamina K.
- Uso de antibióticos: Antibióticos podem interferir na produção de vitamina K pelas bactérias intestinais.
- Má absorção: Indivíduos com distúrbios crônicos de absorção, que impedem a absorção e transporte de nutrientes no intestino delgado, também estão em risco.
- Dieta pobre em vitamina K: Seguir uma dieta que não inclui alimentos ricos em vitamina K pode levar à deficiência.
Riscos para recém-nascidos
Os recém-nascidos são particularmente suscetíveis à deficiência de vitamina K por várias razões:
- Leite materno: O leite materno contém muito pouca vitamina K.
- Transferência placentária: A transferência de vitamina K da mãe para o bebê através da placenta é ineficaz.
- Função hepática: O fígado dos recém-nascidos não utiliza a vitamina K de forma eficaz.
- Produção endógena: Recém-nascidos não produzem vitamina K2 nos primeiros dias de vida.
Excesso de vitamina K
Como a vitamina K é obtida através da alimentação, produzida por bactérias intestinais e excretada naturalmente, a overdose de vitamina K é rara. No entanto, o uso de análogos sintéticos sem orientação médica pode ser perigoso, pois o excesso pode se acumular no organismo e ser tóxico.
O excesso de vitamina K pode aumentar a viscosidade do sangue, elevando o risco de formação de coágulos, aterosclerose, tromboflebite e, em crianças, pode causar anemia hemolítica.
Consequências da deficiência crônica de vitamina K
A deficiência de vitamina K pode levar a várias consequências, principalmente relacionadas à coagulação sanguínea e à saúde óssea. Os principais sintomas e consequências incluem:
Sintomas
- Sangramentos: O principal sinal de deficiência de vitamina K é a tendência a sangramentos, incluindo:
- Hematomas que surgem facilmente, mesmo com pequenos impactos.
- Sangramentos nasais.
- Sangramentos em feridas ou em órgãos internos, como estômago e intestinos.
- Cicatrização lenta: Tempo prolongado para cicatrização de feridas e menstruação mais abundante em mulheres.
- Problemas ósseos: A deficiência de vitamina K pode levar a uma mineralização óssea deficiente, aumentando o risco de osteoporose e fraturas.
Grupos de risco
A deficiência de vitamina K é mais comum nos seguintes grupos:
- Recém-nascidos: Bebês, especialmente os que não receberam injeção de vitamina K ao nascer, têm alto risco de doença hemorrágica.
- Pessoas com doenças intestinais: Doenças como fibrose cística, doença celíaca e síndrome de má absorção podem prejudicar a absorção de vitamina K.
- Pacientes em terapia anticoagulante: O uso prolongado de anticoagulantes, como a varfarina, pode bloquear a ação da vitamina K, levando à sua deficiência.
Medicamentos que podem causar deficiência de vitamina K
Alguns medicamentos podem causar deficiência de vitamina K, especialmente quando usados por longos períodos. As principais classes de medicamentos que contribuem para isso incluem:
Anticoagulantes
- Varfarina e outros antagonistas da vitamina K: Esses medicamentos são usados para diluir o sangue e podem bloquear a ação da vitamina K, levando à sua deficiência.
Antibióticos
- Terapia prolongada com antibióticos: Os antibióticos podem desequilibrar a flora intestinal, reduzindo a produção de vitamina K2 pelas bactérias benéficas. Isso é especialmente relevante para antibióticos do grupo das penicilinas.
Anticonvulsivantes
- Alguns medicamentos anticonvulsivantes: Podem afetar os níveis de vitamina K no corpo, causando deficiência.
Derivados do ácido salicílico
- Medicamentos contendo salicilatos: Podem também interferir na absorção de vitamina K.
Outros fatores
- Doenças como fibrose cística, doença celíaca e síndrome de má absorção: Podem contribuir para a deficiência de vitamina K, especialmente quando combinadas com os medicamentos mencionados.
É importante monitorar os níveis de vitamina K, especialmente durante o uso desses medicamentos, e consultar um médico para ajustes na dieta ou suplementação, se necessário.
Conclusão
A vitamina K é essencial para a coagulação sanguínea e a saúde óssea, sendo encontrada em vegetais de folhas verdes, alimentos de origem animal e produtos fermentados. Embora a deficiência de vitamina K seja rara, certos grupos, como recém-nascidos, pessoas em terapia com anticoagulantes e indivíduos com distúrbios de absorção, estão em maior risco. O excesso de vitamina K é incomum, mas a suplementação inadequada pode ser perigosa. É fundamental monitorar os níveis de vitamina K e consultar um médico antes de iniciar qualquer suplementação, garantindo assim a manutenção da saúde geral.